The Dog Hits

Uma espelunca.

4/09/2008

VIVER

Fui.
Viver.

Renascer.
Reencontrar-me.
Conhecer-me.
Descobrir-me.

Minha jornada espiritual.

Uma nova contemplação.
Um novo sentido.
Um novo sorriso.
Uma nova felicidade.

Um novo encantamento.
Um novo sabor.
Um novo som.
Uma nova paixão.

Deixo aqui, a dor; carrego comigo agora a esperança.
Deixo aqui, o seu desinteresse; carrego comigo agora somente o meu corpo, a fim de marcar encontro novamente com a minha alma.

Adeus.
Fui.
Viver.

4/07/2008

Documentários e... documentários


Nesta semana, conferi vários documentários interessantes, de estilos diferentes, mas contextos parecidos; e estilos parecidos, mas contextos diferentes. Boa parte deles no festival É Tudo Verdade, que continuará agora em outras cidades, até 27 de abril. A Saber:

João - narra de uma forma bem-humorada e com uma excelente edição, a trajetória do célebre João Saldanha - figura marcante, única, dono de frases já históricas do jargão popular brasileiro, como "Deu Zebra!" e "Carregador de Piano". Saldanha notorizou-se como técnico de futebol , classificando a maior seleção de todos os tempos - a canarinho de 1970 - para a conquista do tri mundial, no México. Foi também jornalista, jogador, comentarista e ativista do partido comunista no inicio de sua juventude. O cabra nunca teve papas na língua e rendeu várias histórias saborosas para a grande massa.

White Light / Black Rain - Produzido pela HBO, sob a direção de Steven Okazaki, a película aborda com muita profunidade as cicatrizes, literalmente, da destruição de Hiroshima e Nagasaki, as duas cidades que foram devastadas em 1945, na Segunda Guerra, com as malditas bombas nucleares, matando mais de 150 mil pessoas na ocasião e interferindo no cresicmento e desenvolvimento de tantas outras, ao longo dos anos. O documentário mostra o depoimento de vários sobreviventes japoneses daquela catastrofe, incluindo também ex-soldados norte-americanos que participaram ativamente, enviando os mísseis, além de um material inédito, guardado pelos militares, de imagens raras captadas pouco depois do massacre yankee. Atualmente, existe arsenal nuclear suficiente para destruir 400 mil Hiroshimas e Nagasakis no mundo. Estamos no epicentro do caos, meu caro.

Joy Division - Uma aula de história do rock e nostalgia para os fãs de Ian Curtis e do som produzido no começo da década de 80. Dirigido por Grant Gee, disseca de maneira muito fiel os primórdios do grupo formado em Manchester, que apresentou um gênio para toda a eternidade, e deixou espetaculares remanescentes para continuar essa jornada - o New Order. Como todo gênio, o filme mostra também o lado fragil e cauteloso de Ian Curtis, abordando os detalhes de como o cantor e poeta veio a morrer prematuramente aos 23 anos, de suícidio. Incluindo seu grave problema com a epilepsia, diagonisticada somente depois de o grupo ter arrancando seus primeiros frutos. Emocionante e chocante.

The Rolling Stones - Shine a Light - Documentário de luxo, no campo de produção ($$$) sob o comando de Martin Scorcese, mostra pouco dos bastidores de um show dos Stones, o material bruto fica focado mesmo durante um show recente, gravado em Londres, com a participação especial de Jack White, Buddy Guy e Christina Aguilera. O acervo stoniano fica restrito somente em algumas declarações dos músicos, quando ainda eram uma banda iniciante em ascenção, intercaladas com as músicas da apresentação. Não deixa de ser interessante, não só pela performance sempre enérgica e pulsante do grupo, mas também porque sugere um formato que não é muito habitual (ainda) : apresentações musicais dentro de salas de cinema.


Nota baixa: fiquei triste de não conseguir ver Candido Portinari - Um Pintor de Brodósqui. Chuinf = (

4/01/2008

SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO


Março de 2008.
Um mês que quero e preciso definitivamente esquecer da minha vida.
Um mês em que praticamente nada deu certo, em todos os aspectos, em todos os sentidos, em todas as sensações. Um mês no qual me vi perdido em um buraco negro de frustrações e inconformismo.
Um mês que culminou no fim de um amor - no mais óbvio clichê, transformado em um amor de verão.
Um amor que não passou de uma grande mentira.
Pois quem ama mesmo, dá pelo menos uma SEGUNDA CHANCE. Acredita. É otimista. Perdoa o que foi dito e o que não foi compreendido. Faz por merecer que o calor da manhã permaneça vivo 365 dias por ano.
Se não o faz, é porque nunca amou de verdade. Essa é a única interpretação que posso tirar.
Sexo, carência e conveniência, falsas sinceridades movidas à substâncias etílicas. Isso foi o máximo que eu consegui.
E me iludi.
Não há mais nada o que eu possa fazer da minha parte. Tiro eu mesmo o cartão vermelho do bolso e o aponto ao meu corpo.

É hora de tirar férias de mim.
É hora de viver por mim e não pelos outros.Chega de se prender do mundo, ao “porém”, as pessoas, a família, aos amigos, aos compromissos, a busca errônea de tentar dividir as coisas do mundo e criar expectativas de terceiros o tempo todo e ser mal-sucedido.
Já se foram 26 anos. Quantos frutos eu já consegui colher?
É hora de ser egoísta.
É hora de encontrar meu novo horizonte.
E talvez ele seja bem-sucedido somente longe daqui.
“Preciso aprender a ser sol”.



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A FNAC E A "RELIGIÃO".


Há tantas histórias engraçadas e saborosas que aconteceram nesses últimos 15 meses trabalhando na FNAC Paulista que eu poderia criar centenas de posts aqui, comentando todas as peripécias e situações bizarras que já vivi naquele lugar, um local aonde aprendi muito a me aperfeiçoar profissionalmente, adquiri cultura e fiz eternas amizades, mesmo não exercendo função exatamente na área na qual me formei.

Mas, dessa vez, vou deixar pra comentar só fatos recentes, envolvendo questões de cunho (ui) “religioso”, que não poderia deixar para trás:

1 – Vejo Alan, meu colega da música e Vanessa, dos livros, com um bolinho de cartas na mão. Logo pergunto o que estão aprontando.
- São cartas de Tarot! A gente vai ali à salinha para ela revelar meu destino.
Pra me empolgar um pouco, me prontifico no ato a participar da sessão também. Primeiro, ela tira as cartas do Alan, com uma seqüência de seis cartas não muito empolgantes e esperançosas. Depois, é minha vez de pensar na pergunta mais urgente para mim naquele instante. A seqüência logo vem otimista, revelando que a carta O Julgamento não é aquela que está interferindo na decisão do meu dilema. Nisso, chega o Érico, o outro funcionário da manhã no momento, e fica acompanhando tudo, rindo das interpretações tiradas das cartas. Clientes esperando pra serem atendidos lá fora e os quatro apanhando do baralho, dentro da sala, brincando de Esoterismo. Hilário. Depois de tentar analisar todo o processo da minha seqüência, que estava muito boa, “infelizmente” a Vanessa chega a conclusão de que aquilo não havia valido de nada, pois a seqüência do Tarot tinha que ter sido tirada com todas as 22 cartas (!!!) para ser eficaz pra valer. Fiasco.

2 – Em pleno final de semana movimentado e com a loja repleta de clientes caroços e carentes (um dia explico a diferença entre os dois), o meu setor é invadido por alguns Mulçumanos, já armados com suas sacolinhas de compras nas mãos. E o que eles fizerem exatamente quando o horário bateu às 18h??? Óbvio! Viraram todos para o lado de Meca e se ajoelharam, rezando compenetrados para Maomé. E tudo isso no meio do corredor principal, minha gente!!! Que o todo poderoso tenha os ajudado a comprar uma TV de LCD novinha, né não?

3 – Hoje, mal chego no meu último dia de expediente, e lá vem o Alan, para variar, falando que fizeram uma macumba diretamente para mim dentro da loja, e que eu nunca mais iria pegar uma mulher na vida!Ainda rindo da situação, ele pede que eu vá até o setor de música eletrônica e que veja com meus próprios olhos. E o que há bem no cantinho do setor? A estátua de uma POMBA-GIRA!!! Hahaha. Juro.
Logo depois, a gente descobriu que ela pertencia a um moleque de rua, que estava lá no infomusic bagunçando o setor de rap e deixou a famigerada no canto, pra zuar com a nossa cara e dos clientes. Não por menos, a gente também aproveitou para zuar com cada consultor que chegava, repetindo a mesma história. Alta Fidelidade é fichinha perto disso.


Tempos bons.
Quem sabe eu volte a toda essa experiência.
Quem sabe eu volte só como visitante.
Quem sabe eu não volte nunca mais.