The Dog Hits

Uma espelunca.

7/25/2008

Eu tenho esperado tanto tempo
Eu tenho dormido sozinho
Deus, eu sinto falta de você
Eu tenho esperado o telefone
Eu tenho dormido sozinho
Eu quero te beijar

Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh

Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh oooh

Bem, eu fui assombrado em meu sono
Você tem sido a estrela dos meus sonhos
Deus, eu sinto falta de você
Eu tenho esperado na sala
Tenho esperado sua ligação
E quando o telefone toca
São só alguns amigos meu que dizem,
" Ei, qual o problema cara?
Nós vamos chegar às doze hrs.
Com algumas meninas de Porto Rico que estão apenas morrendo para te conhecer.
Nós vamos levar uma garrafa de vinho
Ei, vamos bagunçar e vadiar por aí
Você sabe, como nós costumávamos fazer

Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah

Oh tudo mundo espera tanto tempo
Oh baby por que você espera tanto
Você não vem?! Vem!

Eu estive andando no Central Park
Cantando no escuro
As pessoas pensam que eu estou louco
Eu tenho tropeçado em meus pés
Me arrastando pela rua
Perguntando para as pessoas, qual o problema com você, menino?

Às vezes eu quero dizer a mim mesmo
Às vezes eu digo

Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh

Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Oooh oooh oooh oooh oooh oooh oooh
Eu não sentirei falta de você, criança

Eu acho que estou mentindo para mim
É só você e eu, ninguém mais
Deus, eu não sentirei falta de você, menina
Você tem destruído minha mente
Enganando meu tempo
Não, eu não sentirei falta de você, menina, yeah

Deus, eu sinto falta de você, menina

Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah

Deus, eu sinto falta de você, menina

Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah

Deus, eu sinto falta de você, menina

Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah aaah aaah aaah
Aaah aaah aaah aaah


(Miss You - The Rolling Stones)

7/24/2008

Rússia prepara lei para proibir emos

Uma nova lei pode acabar com a onda emo na Rússia. A legislação que está sendo preparada deve tornar ilegal o uso de roupas e acessórios emo nas escolas e prédios públicos do país e pretende controlar os websites ligados ao estilo.

Na base da formulação da lei está o medo das autoridades russas de que a moda atue como incentivo a um comportamento anti-social, à depressão e ao suicídio entre adolescentes. "Este é o primeiro passo para o debate público", declarou Alexander Grishunin, um dos nomes envolvidos neste projeto.

O texto da lei descreve emos como adolescentes de 12 a 16 anos que vestem roupas pretas e pink, cintos com peças de metal, pintam as unhas, têm piercings nas orelhas e sobrancelhas e cabelos pretos com franjas que cobrem metade do rosto.

O combate à onda emo, iniciado no Reino Unido, ganhou força há dois meses quando o casal inglês Heather e Raymond Bond culpou o estilo pelo suícidio de sua filha. A garota de 13 anos era fã de My Chemical Romance e se enforcou em seu quarto.


(Eu ainda tô em cima do muro. Não sei se banco o pacifista ou me esborracho de rir com a medida, hehe.)

7/22/2008

É proibido sofrer


O Brasil está se defrontando com o absurdo de sua estrutura institucional. Esta explosão galáctica da crise entre polícia, política, judiciário, empresariado, estado e capital revela o tumor do absurdo nacional. Olho em volta e tenho de comentar o incompreensível, o indestrutível, o inexplicável, o inevitável, o incurável, o impossível. É desanimador. Deprimo, porque vivemos no Brasil uma dupla mensagem: tragédia nas notícias e gargalhadas nas revistas de celebridades. Dentro da paisagem tenebrosa, somos obrigados a ser felizes.
Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de ''funcionar'', temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ter ''qualidade total'', como os produtos. Para isso, há o Prozac, o Viagra, os ''uppers'', os ''downers'', senão nos encostam como mercadorias depreciadas.
No entanto, a depressão tem grande importância para a sabedoria; sem algum desencanto com a vida, sem um ceticismo crítico, ninguém chega a uma reflexão decente. O bobo alegre não filosofa, pois, mesmo para louvar a alegria, é preciso incluir o gosto da tragédia. No pós-guerra, tivemos o existencialismo, o suicídio da literatura com gênios como Beckett e Camus ou o teatro do absurdo, o homem entre o sim e o não, entre a vida e o nada.
A infelicidade de hoje é dissimulada na alegria obrigatória. ''A depressão não é comercial'', lamentou um costureiro gay à beira do suicídio, mas que tinha de sorrir sempre, para não perder a freguesia.
O bode pós-moderno vem da insatisfação de estar aquém de uma felicidade prometida pela propaganda e pelo mercado. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Ninguém quer ser ''sujeito'', com limites, angústias; homens e mulheres querem ser mercadorias sedutoras, como BMWs, Ninjas Kawasaki. E aí, toma choque, toma pílula, toma tarja preta. Só nos resta essa felicidade vagabunda fetichizada em êxtases volúveis, famas de 15 minutos, ''fast fucks'', raves sem rumo.
O mercado nos satisfaz com rapidez sinistra: a voracidade, o tesão, o amor. E pensamos: ''E se não houvesse mais desejo? Eu posso escolher o filme ou música que quiser, mas, nessa aparente liberdade, ''quem'' me pergunta o que eu quero? A interatividade é uma falsificação da liberdade, pois ignora meu direito de nada querer. Eu não quero nada. Não quero comprar nada, não quero saber nada, quero ficar deprimido em paz.''
Estava neste ponto do artigo, quando Ananda Rubinstein, cientista política, me enviou um texto chamado Elogio da Melancolia, de Eric G. Wilson, da Universidade de Wake Forest. Veio a calhar. Com destreza acadêmica, ele aprofunda meus conceitos. Ele escreve:
''Estamos aniquilando a melancolia. Inventaram a ciência da felicidade. Livros de auto-ajuda, pílulas da alegria, tudo cria um ''admirável mundo novo'' sem bodes, felicidade sem penas. Isto é perigoso, pois anula uma parte essencial da vida: a tristeza.''
Ele continua:
''Não sou contra a alegria em geral, claro... Nem romantizo a depressão clínica, que exige tratamento. Mas, sinto que somos inebriados pela moda americana de felicidade. Podemos crer que estamos levando ótimas vidas simpáticas e livres, quando nos comportamos artificialmente como robôs, caindo no conto dos desgastados comportamentos ''felizes'', nas convenções do contentamento. Enganados, perdemos o espantoso mistério do cosmo, sua treva luminosa, sua terrível beleza. O sonho americano de felicidade pode ser um pesadelo. O poeta John Keats morreu tuberculoso, em meio a brutais tragédias, mas nunca denunciou a vida. Transformou sua desgraça em uma fonte vital de beleza. As coisas são belas, porque morrem - ele clamava. A rosa de porcelana não é tão bela como aquela que desmaia e fenece.
A melancolia, a consciência do tempo finito é o lugar de onde se contempla a beleza. Há uma conexão entre tristeza, beleza e morte. Só o melancólico cria a arte e pode celebrar a experiência do transitório resplendor da vida. A melancolia, longe de ser uma doença, é quase um convite milagroso para transcender o ''status quo'' banal e imaginar inéditas possibilidades de existência. Sem a melancolia, a Terra congelaria num estado fixo, previsível como metal. Deste modo, o mundo se torna desinteressante e morre. Todo mundo ficaria contente com o que lhe é dado (que, aliás, é o sonho do Mercado - a satisfação completa do freguês). Mas quando a gente permite que a melancolia floresça no coração, o universo, antes inanimado, ganha vida, subitamente. Regras finitas dissolvem-se diante de infinitas possibilidades. A felicidade torna-se pouco - passamos a querer algo mais: a alegria (''joy''). Mas, por que não aceitamos isso e continuamos a desejar o inferno da satisfação total, a felicidade plena?
A reposta é simples: por medo. A maioria se esconde atrás de sorrisos tensos porque tem medo de encarar a complexidade do mundo, seu mistério impreciso, suas terríveis belezas. Para fugir desta contemplação atemorizante, nos perdemos em distrações vãs e em um bom humor programado. Somos de uma natureza incompleta, somos de vagas potencialidades, e isso faz da vida uma luta constante em face do desconhecido. Usamos uma máscara falsa, sorridente, um disfarce para nos proteger do abismo. Mas, esse abismo é também nossa salvação. Ser contra a felicidade é abraçar o êxtase. A aceitação do incompleto é um chamado à vida. A fragmentação é liberdade.'' É isso aí.
A felicidade tem um pouco de tristeza.

(de
Arnaldo Jabor, novamente ele.)

7/18/2008

YOÑLU

O matéria do link abaixo não é nova, mas resume bem a história desse garoto genial que tinha um talento enorme para exercer pela frente com a arte, mas foi captaneado pelo lado mais frágil dos seus sentimentos.

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