ENQUANTO A TEMPESTADE NÃO ACABA
Depois que você passa umas duas semanas sem atualizar bodega nenhuma e não acompanhar os post dos amigos, você acaba sem ter idéia de colocar algo decente para comentários (não que antes eu fosse especialista nisso). Por fim, eu sugiro a criação da campanha FAÇA UM NERD FELIZ. Mande-me e-mails, comentários maldosos e até correntes para esse reles escravo. O canal: toloi1@yahoo.com.br. Thanks.
2/25/2004
2/16/2004
DITADURA
Proibido Messinger
Proibido ICQ
Proibido Blogs
Proibido Fotologs
Proibido Comments
Proibido Respirar
Proibido Se Divertir
Proibido Viver
2/09/2004
SETLIST FUNHOUSE - 07/02
Oasis – Put Your Money Were Your Mouth Is
The Music – Getaway
Clinic – Walking With Thee
Electric Six – Gay Bar
Queens Of The Stone Age – No One Knows
Weezer – Dope Nose
Buffalo Tom – Summer
Charlatans – Weirdo
Moby – Bodyrock
Original Graphic – Original Graphic
Outkast – Hey Ya
Primal Scream – Miss Lucifer
Groove Armada – Final Shakedown
Brassy – Play Some D
Sahara Hotnights – Alright Alright
Yeah Yeah Yeahs – Date With The Night
Placebo – The Bitter End
Pixies – Wave Of Militation
Sonic Youth – Sugar Kane
Radiohead – There There
2/04/2004
INDIELECTROCKNROLL
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SÁBADO 07/02
Banda: BRILHANTINES (Cerquilho/SP) (Jovem Guarda).
DJ convidado: Felippe Toloi (Cineclick).
PREÇO:$10 de entrada OU $22 de consuma (homens);
$7 de entrada OU $15 de consuma (mulheres).
Promoção: os 50 primeiros pagam MEIA;
A partir das 23h.
Na FUNHOUSE: Rua Bela Cintra, 567 - Consolação - São Paulo - 32593793
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2/02/2004
Meu destino é a marmita
(Por Roberto Guerra)
Minha mãe sempre dizia: “Estuda menino, estuda porque senão você vai virar um peão de obra.” Por essa época, em minha cabeça, peão era aquele homem metido num macacão azul, de capacete na cabeça e comendo sua marmita sentado debaixo de um andaime. Bem, não demorei muito para chegar à conclusão que não era aquilo que eu queria pra mim. Então, segui os ensinamentos de mamãe e estudei. Fiz o ensino fundamental, o médio e cheguei até ao superior. Virei "elite", passei a fazer parte dos 3% da população brasileira a passar por uma universidade.
Quase dez anos depois, não virei peão de obra, é verdade, mas nunca estive tão perto da marmita quanto agora. Minha atividade é escrever, informar. Dizem que é coisa nobre. Tão nobre que está virando sacerdócio, tipo “faça jornalismo e abdique dos bens matérias, das coisas mundanas”. Pelo andar da carruagem, acho que não estou muito longe de qualquer dia desses sentar num cantinho qualquer da redação, abrir minha latinha e saborear um bom arroz, feijão e ovo.
Por enquanto, ainda recebo ticket refeição. Com o talão em mãos, tenho três opções: comer bem durante dez dias e passar o resto do mês com fome; vender o talão para pagar dívidas, ou comer no lugar mais barato que achar. Eu e mais alguns amigos fazemos parte desse último time e, atualmente, freqüentamos um prato-feito aqui perto da empresa. A comida não é lá essas coisas, mas pelo menos ainda não achamos nenhum inseto nadando no feijão. O lugar é meio apertado, mas se você não for gordo consegue se ajeitar. De vez em quando, temos de ficar em pé numa escada esperando esvaziar alguma das mesas, mas nada que ultrapasse meia hora. Assim que a mesa é desocupada, o único garçom da casa a limpa prontamente com um pano ensebado e, pronto, você está pronto para...conversar. É, conversar, já que a comida demora mais uma meia hora para chegar. Mas enquanto a comida não vem, pode-se bebericar a bebida que você não pediu sem o gelo que você pediu. Isso, claro, quando há copos sobrando. Como o espaço é exíguo e as mesas são pequenas, acontece de, às vezes, alguém derrubar uma baixela no chão, fato que costuma animar o recinto. Em geral, ouve-se “Heeeeeeeeeeeeee” em uníssono. Uma maravilha. E assim vamos indo, eu e meu diploma universitário, rumo à marmita.